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A característica mais importante da civilização islâmica que a distinguiu das outras civilizações é que ela trouxe um conjunto de sistemas
A característica mais importante da civilização islâmica que a distinguiu das outras civilizações é que ela trouxe um conjunto de sistemas baseados em valores que derivam seus ensinamentos do Senhor dos Mundos, de modo que não se alteram e não se sujeitam a caprichos. Por isso, a humanidade antes da civilização islâmica não viveu nesse estado de serenidade mental e espiritual, que a civilização islâmica trouxe para o mundo. Estes valores ganharam a admiração da humanidade através de sua visão da aplicação concreta da nossa civilização.
A característica mais proeminente do sistema judiciário islâmico é o fato de ter adotado a justiça como objetivo no relacionamento com todos aqueles que param diante de suas instituições. O sistema judicial não é o único órgão que adotou esse princípio, mas toda a nação muçulmana também adotou, pois o zelo pela justiça foi um princípio fundamental no estabelecimento da civilização islâmica.
Os muçulmanos assimilaram este grande valor a partir da revelação divina, ou seja, o Nobre Alcorão e as tradições do Profeta. Abu Zhar (que Allah esteja satisfeito com ele) relatou que o Profeta (a paz esteja com ele) narrou que Deus (exaltado seja) disse Ó Meus servos, eu fiz a injustiça ilícita e ilegal para mim, e a fiz proibida entre vós, portanto não cometei injustiça entre vós.[1] Assim, os muçulmanos perceberam o valor da justiça e da necessidade de aplicá-la entre si.
Os muçulmanos não aplicaram a justiça apenas entre si, mas Deus (Exaltado seja) nos ordenou a necessidade de tratar com justiça até mesmo aqueles que odiamos, algo que era novo no campo do relacionamento mundial. Sobre isso, Allah (Exaltado seja) disse [E que o ódio para com um povo não vos induza a não serdes justos. Sede justos; isso está mais próximo da piedade. E temei a Allah. Por certo, Allah do que fazeis, é Conhecedor] (Al-Ma'idah 8). Além disso, reiterou a necessidade de se relacionar de forma justa com os não-muçulmanos, e advertiu contra a usurpação de seus direitos ou injustiça-los por causa de sua fraqueza ou traí-los. O Profeta (a paz esteja com ele) disse Quem injustiça um homem do tratado (mu’ahid)[2], diminui o seu direito, obriga-o a trabalhar além de sua capacidade, ou retira-lhe qualquer coisa sem o seu consentimento, eu serei seu rival no Dia do Juízo.[3]
O Islam considera os muçulmanos responsáveis pela realização da justiça entre si e com os outros e promete recompensa por isso. O Profeta (que a paz esteja sobre ele) disse Fazer justiça entre duas pessoas é considerado como Sadaqah [esmola].[4]Além disso, o Islam advertiu os adversários para que não falsifiquem os fatos e apresentem argumentos e provas que sustentem seus pontos de vista. Não há dúvida de que esta educação islâmica correta faz com que a consciência do muçulmano esteja sempre prevenida contra todos os males e vigiada contra qualquer fraude ou alteração de fatos. O Profeta (a paz esteja com ele) disse Eu sou apenas um ser humano, e vocês trazem vossas disputas para mim. Talvez alguém entre vocês pode apresentar seu caso de forma mais eloqüente e convincente do que o outro, e eu dou minha opinião em seu favor de acordo com o que eu ouço. Cuidado! Se algum dia eu dar algo a alguém do direito de seu irmão, então ele não deverá tomá-lo, pois assim estarei a dar-lhe um pedaço do fogo.[5]
Assim, percebemos que a civilização islâmica trouxe ética e valores e estabeleceu o princípio da justiça divina entre os seres humanos em suas relações. Assim, não há medo dessa civilização, uma vez que não faz distinção entre os adversários com base em raça, cor ou religião. Sem dúvida, este assunto remove qualquer dúvida e refuta qualquer reclamação contra essa nobre civilização.
[1] Narrado por Muslim Livro da Virtude, boas maneiras e participar dos laços de parentesco (2577).
[2] Mu’ahid É um termo geralmente usado para ahl al zhimmah (os não muçulmanos que vivem num Estado muçulmano), e pode ser usado para todo não muçulmano com quem há um acordo de paz.
[3] Narrado por Abu Daud (3052) e Al-Baihaqi (18.511). Al-Albani disse que o hadith é autêntico, veja Al- Silsilah Al-Sahihah (445).
[4] Narrado por Al-Bukhari Livro de Jihad (2827), e Muslim Livro de zakat (1009).
[5] Narrado por Al-Bukhari Livro dos truques (6566), e Muslim Livro de decisões judiciais (1731).
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