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A moderação e o equilíbrio são das mais destacadas particularidades da civilização islâmica. Esta particularidade quer dizer mediar ou empatar entre dois extremos opostos, de maneira que um deles não influencie sozinho e expulse o extremo oposto, de maneira que um dos.jpg)
A moderação e o equilíbrio são das mais destacadas particularidades da civilização islâmica. Esta particularidade quer dizer mediar ou empatar entre dois extremos opostos, de maneira que um deles não influencie sozinho e expulse o extremo oposto, de maneira que um dos extremos não leve mais que o seu direito e domine o seu extremo injustamente. Esta é a moderação e equilíbrio dignos de uma mensagem universal e eterna, que veio para abranger todos os cantos do mundo e todas as épocas do tempo.
A moderação e o equilíbrio são das mais destacadas particularidades da civilização islâmica. Esta particularidade quer dizer mediar ou empatar entre dois extremos opostos, de maneira que um deles não influencie sozinho e expulse o extremo oposto, de maneira que um dos extremos não leve mais que o seu direito e domine o seu extremo injustamente. Esta é a moderação e equilíbrio dignos de uma mensagem universal e eterna, que veio para abranger todos os cantos do mundo e todas as épocas do tempo.
Assim, você vê a civilização islâmica unir entre a espiritualidade e a matéria, ou entre as necessidades do espírito e as necessidades da matéria, unir entre as ciências da religião e as ciências da vida, se preocupar com a vida mundana como se preocupa com a Vida Eterna. Da mesma forma, une entre o idealismo e o realismo, e também, tem equilíbrio entre os direitos e os deveres.
O significado do equilíbrio entre estes opostos é que se dê para cada extremo o seu espaço, e para cada um o seu direito com justiça, sem exagero nem negligência, sem tirania nem transgressão, assim como o Livro de Allah indicou ao dizer: [E o céu, Ele o elevou; e estabeleceu a balança. Para que, na balança, não cometais transgressão. E assim, cumpri o peso com equidade, e não defraudeis na balança] (Arrahman: 7-9).
Um exemplo para esclarecer isso: Através da história das civilizações anteriores ficou comprovado que tanto os aspectos espirituais sozinhos e tanto os aspectos materiais quando sozinhos não servem como caminho para a felicidade do ser humano. O caminho da pura espiritualidade resulta no atraso, na anulação do desejo, do pensamento e das energias de trabalho, mata o lado humano da pessoa e prejudica os benefícios do Universo. Da mesma forma, o caminho do puro materialismo resulta na tirania, injustiça, escravidão e humilhação e no domínio insano das vidas, dos bens e das honras.
Aqui chegou a civilização eterna do Islam para casar e equilibrar entre as necessidades da alma e as necessidades da matéria, ou entre o materialismo e o espiritualismo humano. Assim, o espiritualismo disciplinado torna-se a base do materialismo disciplinado, aí o ser humano aproveita o desejo, a liberdade, o pensamento, o fruto dos esforços e do trabalho num círculo de crença e ética construídos sobre a justiça, a segurança, a estabilidade, a misericórdia e o amor[1].
Portanto, faz parte do objetivo deste equilíbrio realizar a harmonia e a concordância entre a natureza humana e o objetivo mental, e assim também a harmonia total nos pensamentos do ser humano e suas imaginações, desejos e intenções.
E em relação à união entre as ciências da religião e as ciências da vida, o Islam construiu a sua nobre civilização sobre a abordagem da ciência, do conhecimento, da mente, da pesquisa, do experimento e da conclusão; porque considerou a vitalidade das ciências na construção do estado e da sociedade. Nesse aspecto, o Islam elogiou a ciência e os cientistas das mais variadas especialidades, que abrangem todo entendimento que beneficia o ser humano na realização de sua missão e papel na vida, que é a construção da terra e benefício de seus recursos e riquezas, quero dizer com isso: a união entre as ciências da religião e as ciências da vida.
A palavra “ílm” (ciência, conhecimento) foi citada no Livro de Allah (o Alcorão Sagrado) e na Sunnah de Seu nobre mensageiro (a paz esteja com ele) absoluta, sem definição nem restrição, portanto, ela indica toda ciência beneficente que objetiva o bem da vida mundana e a construção da terra... e toda ciência que almeja o benefício das pessoas e o cumprimento saudável das obrigações da sucessão humana sobre este planeta. Este termo significa - na maioria das vezes – o conhecimento em seus dois lados, o religioso e o material (vital)... e tudo que foi narrado de elogio aos sábios é para todo sábio que beneficiou as pessoas com o seu conhecimento, seja ele religioso ou material. A história da civilização islâmica expressou isso com extrema sinceridade – e o que apresentaremos no próximo capítulo de contribuições e criações dos muçulmanos nas ciências materiais ou ciências da vida pode ser o melhor exemplo e melhor expressão desta união.
Esta abordagem equilibrada é diferente de tais civilizações onde a religião dominou as capacidades mentais e ciêntificas e permaneceu proibindo o conhecimento e restringindo o pensamento e o uso da mente.
Em relação ao equilíbrio entre a vida mundana e a Vida Eterna, o argumento mais claro podem ser os versículos nos quais foi revelada a ordem do cumprimento da oração de sexta feira. Disse Allah, o Altíssimo: [Ó vós que credes, quando se chama à oração de Sexta-feira, ide, depressa, para a lembrança de Allah, e deixai a venda. Isto vos é melhor. Se soubésseis! E quando a oração se encerrar, espalhai-vos pela terra e buscai algo do favor de Allah. E lembrai-vos de Allah, amiúde, na esperança de serdes bem-aventurados] (Al Jumuáh: 9-10).
Esta é a posição da civilização islâmica na união entre a vida mundana e a Vida Eterna. O versículo anterior esclarece que até mesmo no dia de sexta feira: comércio e trabalho para a vida material antes da oração, em seguida, ir depressa para a recordação de Allah e para a oração, abandono da compra e da venda e ações similares das ocupações da vida, em seguida, espalhar-se pela terra e procurar o sustento novamente após o término da oração, sem cair em desatenção da recordação de Allah amiúde em todas as situações, pois esta é a fonte do triunfo e do sucesso. “O favor de Allah” neste versículo significa: o sustento e o trabalho.
Em outro versículo que menciona o equilíbrio entre o trabalho para esta vida e o trabalho para o que há depois desta vida, Allah, exaltado seja, diz: [E buscai a Derradeira Morada no que Allah te concedeu] (Al Qassas 77). O Islam não exigiu do muçulmano ser um sacerdote num mosteiro, ou um adorador num retiro, rezando de noite e jejuando de dia, sem ter parte alguma na vida e sem que a vida tenha sorte dele também. Porém, exigiu do muçulmano que seja tão somente um ser trabalhador na vida, a construindo e percorrendo os lados da Terra, e procurando o sustento em suas fontes. Assim são os filhos da civilização islâmica, trabalhadores para a vida mundana e para a Vida Eterna, buscando o bem e a felicidade nas duas vidas.
Também faz parte do equilibrio com o qual a civilização islâmica se destacou tal união entre o idealismo e o realismo[2] de forma firme e maravilhosa. O Islam é uma religião idealista e, ao mesmo tempo, realista. Ele almeja sempre para os seus adeptos a perfeição e os nobres ideais, porém exige os meios e o esforço através deles, e não sobrecarrega as pessoas à toa. Por isso, é difícil separar o idealismo do realismo no Islam, que é tão somente uma lei completa para os humanos que ilumina para eles os caminhos do bem, e desenha para eles as bases de conduta e as regras de relaçoes.
No idealismo, a civilização islâmica zela pelo alcance do ser humano o mais alto horizonte possível para alcançar um nível nobre e alto em facilidade, conforto e tranqüilidade. E no realismo, a civilização islâmica leva em consideração as condições do ser humano e sua natureza, os limites de sua capacidade, a natureza de sua formação e a realidade de sua vida.
Na civilização islâmica, não existe tal idealismo imaginário que só existe no mundo dos sonhos, como a que Platão criou na cidade ideal, que é absolutamente distante da realidade do ser humano, dos instintos e tendências que o compõem e o defeito e limitação ao qual está sujeito.
Também não existe na civilização islâmica tal realismo que significa o contentamento com a situação qualquer que seja, ou que a civilização islâmica sujeite os seus princípios para concordarem com a vida como quer que ela esteja, ou para acompanharem o acontecido como quer que ele esteja. A civilização islâmica não chegou para se constituir conforme os caprichos das pessoas e suas leis, ou para se contentar com as suas situações deploráveis ou com as suas tradições tortuosas, mas chegou para cancelar todos os tipos de ignorância e suas leis, e para formar de si mesma uma organização exclusivamente dela, que pode parecer em partes com a situação das pessoas e pode não parecer.
E no equilíbrio entre o idealismo e o realismo, o Islam estabeleceu um limite mínimo ou um nível mínimo da perfeição abaixo do qual não é permitido descer, porque este nível é imprescindível para a formação da personalidade do muçulmano de maneira razoável, e porque é o mínimo que se pode aceitar de um muçulmano para que este seja considerado um dos muçulmanos. Este nível foi estabelecido de maneira que a pessoa que tem o mínimo de preparo para fazer o bem e evitar o mal seja capaz de alcançá-lo e cumprí-lo. Este nível é composto das obrigações e das ilicitudes proibidas, e estas obrigações e proibições foram estabelecidas de maneira que cada um pode cumprir com o que elas exigem. E no caso de necessidades, a lei as considera e as mede conforme a medida necessária.
E ao lado deste nível obrigatório, o qual todo muçulmano deve alcançar, a lei islâmica estabeleceu outro nível mais alto e mais amplo, incentivou e amabilizou as pessoas em alcançá-lo. Este alto nível abrange os atos aconselháveis e os variados tipos de adoração que o Islam incentivou e abrange também os atos detestáveis que o muçulmano deve evitar e se distanciar deles.
Porém, o alcance deste nível alto necessita de grande esforço que não é possível a todas as pessoas, mas depende de talentos especiais e preparo particular, com o qual se destacam uma rara minoria entre as pessoas. Por isso, o Islam não fez este alto nível obrigatório sobre todos, mas os traçou para eles e, em seguida, os deixou conforme suas capacidades... [Allah não impõe a alma alguma senão o que é de sua capacidade] (Al Baqarah: 286) e aceita de todos o que cada um cumpre conforme o seu esforço... [E, para cada um desses, haverá escalões, segundo o que fizeram] (Al An´am: 132), (Al Ahqaf: 19).
Quanto ao último equilíbrio que quisemos mencionar é o equilíbrio entre os direitos e deveres. A civilização islâmica vê que todo direito de um indivíduo ou grupo é um dever sobre outrem. Então, os direitos dos governados são, tão somente, deveres sobre os governantes; os direitos dos locatários
A moderação e o equilíbrio são das mais destacadas particularidades da civilização islâmica. Esta particularidade quer dizer mediar ou empatar entre dois extremos opostos, de maneira que um deles não influencie sozinho e expulse o extremo oposto, de maneira que um dos extremos não leve mais que o seu direito e domine o seu extremo injustamente. Esta é a moderação e equilíbrio dignos de uma mensagem universal e eterna, que veio para abranger todos os cantos do mundo e todas as épocas do tempo.
Assim, você vê a civilização islâmica unir entre a espiritualidade e a matéria, ou entre as necessidades do espírito e as necessidades da matéria, unir entre as ciências da religião e as ciências da vida, se preocupar com a vida mundana como se preocupa com a Vida Eterna. Da mesma forma, une entre o idealismo e o realismo, e também, tem equilíbrio entre os direitos e os deveres.
O significado do equilíbrio entre estes opostos é que se dê para cada extremo o seu espaço, e para cada um o seu direito com justiça, sem exagero nem negligência, sem tirania nem transgressão, assim como o Livro de Allah indicou ao dizer: [E o céu, Ele o elevou; e estabeleceu a balança. Para que, na balança, não cometais transgressão. E assim, cumpri o peso com equidade, e não defraudeis na balança] (Arrahman: 7-9).
Um exemplo para esclarecer isso: Através da história das civilizações anteriores ficou comprovado que tanto os aspectos espirituais sozinhos e tanto os aspectos materiais quando sozinhos não servem como caminho para a felicidade do ser humano. O caminho da pura espiritualidade resulta no atraso, na anulação do desejo, do pensamento e das energias de trabalho, mata o lado humano da pessoa e prejudica os benefícios do Universo. Da mesma forma, o caminho do puro materialismo resulta na tirania, injustiça, escravidão e humilhação e no domínio insano das vidas, dos bens e das honras.
Aqui chegou a civilização eterna do Islam para casar e equilibrar entre as necessidades da alma e as necessidades da matéria, ou entre o materialismo e o espiritualismo humano. Assim, o espiritualismo disciplinado torna-se a base do materialismo disciplinado, aí o ser humano aproveita o desejo, a liberdade, o pensamento, o fruto dos esforços e do trabalho num círculo de crença e ética construídos sobre a justiça, a segurança, a estabilidade, a misericórdia e o amor[1].
Portanto, faz parte do objetivo deste equilíbrio realizar a harmonia e a concordância entre a natureza humana e o objetivo mental, e assim também a harmonia total nos pensamentos do ser humano e suas imaginações, desejos e intenções.
E em relação à união entre as ciências da religião e as ciências da vida, o Islam construiu a sua nobre civilização sobre a abordagem da ciência, do conhecimento, da mente, da pesquisa, do experimento e da conclusão; porque considerou a vitalidade das ciências na construção do estado e da sociedade. Nesse aspecto, o Islam elogiou a ciência e os cientistas das mais variadas especialidades, que abrangem todo entendimento que beneficia o ser humano na realização de sua missão e papel na vida, que é a construção da terra e benefício de seus recursos e riquezas, quero dizer com isso: a união entre as ciências da religião e as ciências da vida.
A palavra “ílm” (ciência, conhecimento) foi citada no Livro de Allah (o Alcorão Sagrado) e na Sunnah de Seu nobre mensageiro (a paz esteja com ele) absoluta, sem definição nem restrição, portanto, ela indica toda ciência beneficente que objetiva o bem da vida mundana e a construção da terra... e toda ciência que almeja o benefício das pessoas e o cumprimento saudável das obrigações da sucessão humana sobre este planeta. Este termo significa - na maioria das vezes – o conhecimento em seus dois lados, o religioso e o material (vital)... e tudo que foi narrado de elogio aos sábios é para todo sábio que beneficiou as pessoas com o seu conhecimento, seja ele religioso ou material. A história da civilização islâmica expressou isso com extrema sinceridade – e o que apresentaremos no próximo capítulo de contribuições e criações dos muçulmanos nas ciências materiais ou ciências da vida pode ser o melhor exemplo e melhor expressão desta união.
Esta abordagem equilibrada é diferente de tais civilizações onde a religião dominou as capacidades mentais e ciêntificas e permaneceu proibindo o conhecimento e restringindo o pensamento e o uso da mente.
Em relação ao equilíbrio entre a vida mundana e a Vida Eterna, o argumento mais claro podem ser os versículos nos quais foi revelada a ordem do cumprimento da oração de sexta feira. Disse Allah, o Altíssimo: [Ó vós que credes, quando se chama à oração de Sexta-feira, ide, depressa, para a lembrança de Allah, e deixai a venda. Isto vos é melhor. Se soubésseis! E quando a oração se encerrar, espalhai-vos pela terra e buscai algo do favor de Allah. E lembrai-vos de Allah, amiúde, na esperança de serdes bem-aventurados] (Al Jumuáh: 9-10).
Esta é a posição da civilização islâmica na união entre a vida mundana e a Vida Eterna. O versículo anterior esclarece que até mesmo no dia de sexta feira: comércio e trabalho para a vida material antes da oração, em seguida, ir depressa para a recordação de Allah e para a oração, abandono da compra e da venda e ações similares das ocupações da vida, em seguida, espalhar-se pela terra e procurar o sustento novamente após o término da oração, sem cair em desatenção da recordação de Allah amiúde em todas as situações, pois esta é a fonte do triunfo e do sucesso. “O favor de Allah” neste versículo significa: o sustento e o trabalho.
Em outro versículo que menciona o equilíbrio entre o trabalho para esta vida e o trabalho para o que há depois desta vida, Allah, exaltado seja, diz: [E buscai a Derradeira Morada no que Allah te concedeu] (Al Qassas 77). O Islam não exigiu do muçulmano ser um sacerdote num mosteiro, ou um adorador num retiro, rezando de noite e jejuando de dia, sem ter parte alguma na vida e sem que a vida tenha sorte dele também. Porém, exigiu do muçulmano que seja tão somente um ser trabalhador na vida, a construindo e percorrendo os lados da Terra, e procurando o sustento em suas fontes. Assim são os filhos da civilização islâmica, trabalhadores para a vida mundana e para a Vida Eterna, buscando o bem e a felicidade nas duas vidas.
Também faz parte do equilibrio com o qual a civilização islâmica se destacou tal união entre o idealismo e o realismo[2] de forma firme e maravilhosa. O Islam é uma religião idealista e, ao mesmo tempo, realista. Ele almeja sempre para os seus adeptos a perfeição e os nobres ideais, porém exige os meios e o esforço através deles, e não sobrecarrega as pessoas à toa. Por isso, é difícil separar o idealismo do realismo no Islam, que é tão somente uma lei completa para os humanos que ilumina para eles os caminhos do bem, e desenha para eles as bases de conduta e as regras de relaçoes.
No idealismo, a civilização islâmica zela pelo alcance do ser humano o mais alto horizonte possível para alcançar um nível nobre e alto em facilidade, conforto e tranqüilidade. E no realismo, a civilização islâmica leva em consideração as condições do ser humano e sua natureza, os limites de sua capacidade, a natureza de sua formação e a realidade de sua vida.
Na civilização islâmica, não existe tal idealismo imaginário que só existe no mundo dos sonhos, como a que Platão criou na cidade ideal, que é absolutamente distante da realidade do ser humano, dos instintos e tendências que o compõem e o defeito e limitação ao qual está sujeito.
Também não existe na civilização islâmica tal realismo que significa o contentamento com a situação qualquer que seja, ou que a civilização islâmica sujeite os seus princípios para concordarem com a vida como quer que ela esteja, ou para acompanharem o acontecido como quer que ele esteja. A civilização islâmica não chegou para se constituir conforme os caprichos das pessoas e suas leis, ou para se contentar com as suas situações deploráveis ou com as suas tradições tortuosas, mas chegou para cancelar todos os tipos de ignorância e suas leis, e para formar de si mesma uma organização exclusivamente dela, que pode parecer em partes com a situação das pessoas e pode não parecer.
E no equilíbrio entre o idealismo e o realismo, o Islam estabeleceu um limite mínimo ou um nível mínimo da perfeição abaixo do qual não é permitido descer, porque este nível é imprescindível para a formação da personalidade do muçulmano de maneira razoável, e porque é o mínimo que se pode aceitar de um muçulmano para que este seja considerado um dos muçulmanos. Este nível foi estabelecido de maneira que a pessoa que tem o mínimo de preparo para fazer o bem e evitar o mal seja capaz de alcançá-lo e cumprí-lo. Este nível é composto das obrigações e das ilicitudes proibidas, e estas obrigações e proibições foram estabelecidas de maneira que cada um pode cumprir com o que elas exigem. E no caso de necessidades, a lei as considera e as mede conforme a medida necessária.
E ao lado deste nível obrigatório, o qual todo muçulmano deve alcançar, a lei islâmica estabeleceu outro nível mais alto e mais amplo, incentivou e amabilizou as pessoas em alcançá-lo. Este alto nível abrange os atos aconselháveis e os variados tipos de adoração que o Islam incentivou e abrange também os atos detestáveis que o muçulmano deve evitar e se distanciar deles.
Porém, o alcance deste nível alto necessita de grande esforço que não é possível a todas as pessoas, mas depende de talentos especiais e preparo particular, com o qual se destacam uma rara minoria entre as pessoas. Por isso, o Islam não fez este alto nível obrigatório sobre todos, mas os traçou para eles e, em seguida, os deixou conforme suas capacidades... [Allah não impõe a alma alguma senão o que é de sua capacidade] (Al Baqarah: 286) e aceita de todos o que cada um cumpre conforme o seu esforço... [E, para cada um desses, haverá escalões, segundo o que fizeram] (Al An´am: 132), (Al Ahqaf: 19).
Quanto ao último equilíbrio que quisemos mencionar é o equilíbrio entre os direitos e deveres. A civilização islâmica vê que todo direito de um indivíduo ou grupo é um dever sobre outrem. Então, os direitos dos governados são, tão somente, deveres sobre os governantes; os direitos dos locatários são, tão somente, deveres sobre os proprietários; os direitos das crianças são, tão somente, deveres sobre os pais; e assim, através do cumprimento dos deveres são considerados os direitos.
O Islam prega a realização do equilíbrio nos direitos e deveres entre o indivíduo e o grupo para equilibrar entre a tendência individual e os interesses da sociedade. O ser humano não é uma unidade vital independente do restante dos indivíduos da sociedade, mas deve viver dentro do círculo da sociedade, trocar mutuamente benefícios e interesses e criar relações. E a partir destes vínculos nasceram os direitos e deveres que a lei islâmica organizou.
Assim, a civilização do Islam foi marcada com o equilíbrio e a moderação.
[2] Veja: Jumu’a Ali Al Khauli: O Idealismo e o Realismo no Islam (revista da Universidade Islâmica de Madinah, número 44, p 121-133).
são, tão somente, deveres sobre os proprietários; os direitos das crianças são, tão somente, deveres sobre os pais; e assim, através do cumprimento dos deveres são considerados os direitos.
O Islam prega a realização do equilíbrio nos direitos e deveres entre o indivíduo e o grupo para equilibrar entre a tendência individual e os interesses da sociedade. O ser humano não é uma unidade vital independente do restante dos indivíduos da sociedade, mas deve viver dentro do círculo da sociedade, trocar mutuamente benefícios e interesses e criar relações. E a partir destes vínculos nasceram os direitos e deveres que a lei islâmica organizou.
Assim, a civilização do Islam foi marcada com o equilíbrio e a moderação.
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