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Ibn Hauqal chegou a Córdoba cerca de 350 dH / 961 dC. Ele era um comerciante de Mosul, e descreveu Córdoba dizendo
Ibn Hauqal chegou a Córdoba cerca de 350 dH / 961 dC. Ele era um comerciante de Mosul, e descreveu Córdoba dizendo: "Córdoba é a maior cidade da Andalusia, não tem nenhuma cidade semelhante a ela no ocidente em termos de população e área ampla. É relatado que ela é igual a um dos dois lados de Bagdá, e se não é, então ela é muito parecida. Córdoba é fortificada com uma muralha de pedra e tem dois portões instalados no muro em direção a estrada do vale de ar-Rasafa. Ar-Rasafa são casas nas regiões altas do país, ligadas às regiões do sul com suas árvores entrelaçadas. Seus prédios são próximos uns dos outros e cercados de leste, oeste, norte e sul. Em seu vale tem a calçada (Ar-rassif) conhecida por seus mercados e vendas, e as moradias do povo em suas partes arborizadas, cujos habitantes são ricos e especialistas[1].
As pessoas de Córdoba se distinguiram principalmente por serem as mais nobres personalidades, líderes e estudiosos de alto escalão. Al Idrissi diz: "Córdoba não viveu nenhum dia sem estudiosos notáveis e figuras nobres, seus comerciantes são pessoas muito ricas, de amplas condições e alta determinação com casas luxuosas e nível superior"[2].
Al Himiari diz: "Córdoba é a capital da Andalusia, a mãe das cidades da Andalusia e a sede do califado dos omíadas na Andalusia. Os marcos omíadas em Córdoba são evidentes, os méritos de Córdoba e as virtudes de seus califas são tão famosas que dispensam ser mencionadas. Eles são as personalidades mais ilustres, famosos por sua crença verdadeira, ganho lícito, bela postura, a determinação moral elevada e nobre ética. Córdoba também tinha estudiosos de ponta e os mais nobres virtuosos."[3]
Yaqut Al Hamaui descreve Córdoba, dizendo: "Uma grande cidade da Andalusia. No centro da Andalusia, Córdoba era o trono de seu governador. Nela residiam os reis dos Omíadas, era fonte de pessoas nobres e grandes personalidades naquela região".[4]
Abu Al Hassan ibn Bassam disse: "Ela (Córdoba) foi o grau máximo, central do estandarte, a mãe de todas as terras, a sede das pessoas nobres e piedosos, pátria do povo de conhecimento e opinião, o coração da região, fonte de conhecimento, a cúpula do Islam, sede dos imams, morada dos cérebros saudáveis, pomar de pensamento, de seus horizontes se formaram estrelas e figuras de destaque da época e cavaleiros da poesia e da prosa (os melhores escritores). Em Córdoba grandes escritos foram produzidos, e a razão disso – e a razão do destaque do povo dessa cidade antigamente e atualmente - é que o horizonte cordobenho deles só era formado por pesquisadores de diversas áreas do conhecimento e da literatura. De modo geral, a maioria das pessoas daquela região – quer dizer Córdoba em específico, e Andalusia em geral - são os nobres árabes do oriente que a fundaram, e os líderes dos soldados da Grande Síria e Iraque que se estabeceram nela e, assim, a descendência de nobreza deles pemaneceu em toda a região, existindo provavelmente, em cada cidade, hábeis escritores e soberanos poetas."[5]
Ibn al Wardi descreveu Córdoba, dizendo: "Os habitantes de Córdoba são as personalidades mais ilustres e os principais exemplos de adequação na alimentação, veste, transporte e alta determinação. Córdoba é a casa dos estudiosos notáveis e figuras nobres, dos guerreiros gloriosos e heróis das guerras". Depois de descrever a mesquita de Córdoba e sua arcada, ele disse: "As qualidades encantadoras desta cidade estão acima de qualquer descrição."[6]
Esta foi uma das cidades da civilização islâmica, que contribuiu para o progresso da humanidade. Na verdade, Córdoba não é a única nesta matéria, e descrevermos Bagdá, Damasco, Cairo ou Basra e outras cidades, a descrição iria ter o mesmo nível de maravilha e admiração ou maior. Não é de se admirar! Pois esta é a civilização dos muçulmanos, a maior civilização do mundo, e a pérola que elevou a longa história da humanidade.
[1] Yaqut Al Hamaui: Mu'jam Al Buldan (Dicionário de Países), 4 / 324.
[2] Al Idrissi: Nuzhat al-Mushtaq Fi Ikhtiraq al-Afaq 2 / 575.
[3] Al Raudh Al Mi’tar Fi Khabar Al Aqtar, p 456.
[4] Yaqut Al Hamaui: Mu'jam Al Buldan (Dicionário de Países), 4 / 324.
[5] Abu Al Hassan ibn Bassam: Al Zhakhira Fi Mahasin Ahl Al Jazira 1 / 33.
[6] Ibn al-Wardi: Kharidat al-'Aja'ib wa faridat al -Ghara'ib, p 12.
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